
Uma lágrima cai tão triste!
Sofrida, de uma dor que ainda resiste,
Vai descendo inquieta pela margem,
Escorregando pelo rosto, forte e selvagem
Passa salgada pelos lábios meus;
Tento segurá-la entre meus dedos,
E ela cai e me molha o peito;
Diz-me em silêncio, é aqui o meu leito!
E outra lágrima vem descendo,
feito onda pequena de um imenso oceano,
Sem vento, este choro é suave,
Tem somente a voz da saudade,
Brotando em ondas brandas,
Navegando entre espumas brancas.
É lágrima sentida como choro de mágoa,
e deixa mais verdes, os olhos tristes e ocos,
Vazios, como se morressem aos poucos,
Mas resistindo em ainda acreditar,
Tendo saudade de poder te amar;
Escondendo-se num vale silencioso,
Encolhendo-se como pequeno pássaro medroso,
Desabando-se em choro até sua dor se acabar.!
Nenhum comentário:
Postar um comentário